A iniciação é um elemento que determina a união
entre o grupo que forma a hierarquia de um terreiro, pois todos passarão
pelo mesmo ritual e conhecerão todas as dificuldades a serem
enfrentadas. A primeira etapa da iniciação é o "bolar" para o santo.
Esse é um forte sinal de que há necessidade de iniciação. Acontece
geralmente quando a pessoa participa de um xirê (toque) e o Orixá acaba
se manifestando em estado bruto. É como desmaiar, mas o Orixá está alí -
manifestado. A pessoa é então levada para o Roncó para ser trazida de
volta do transe. Se decidir se iniciar, caberá ao sacerdote consultar o
jogo de búzios para determinar o Orixá - dono da cabeça - e todo o
material a ser utilizado na feitura.
CERIMÔNIA DO BORÍ:
É dar comida a Cabeça, alimentar o Orí. O Orixá agora tem o direito de "tomar" aquela cabeça porque foi permitido pelo novo adepto. Neste momento dá-se início a uma união definitiva, pelo resto da vida. Nessa obrigação são consagrados objetos, animais e símbolos de acordo com o Orixá de cabeça de cada filho (a). A reclusão do Borí dura de três a sete dias em média, dependendo da cada casa e de cada culto.
O ORÔ:
É o assentamento propriamente dito do Orixá. É o dia em que o Abian raspará a cabeça e fará os cortes rituais em seu corpo que propiciarão a manifestação do Orixá. Em seu corpo serão feitas as pinturas rituais com os pós Waji, Ossum e Efun. Ele receberá também o fio de contas (Kelê) no pescoço que é a marca final da cabeça, que recebeu o sacrifício. Essa marca tornou-se sagrada pelo resto da vida.
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