Odé / Otim
Senhor das florestas,dono da caça, das coisas oculta.
É a divindade da harmonia e do equilíbrio, protegendo os caçadores e a caça ao mesmo tempo, aceitando somente a busca pelo alimento.
Está associado com a vida ao ar livre e com os elementos da natureza.
Como bom caçador, é solitário e individualista. Mas não dispensa o convívio social e nunca vive sem um grande amor.
ARQUÉTIPOS:
Solitários, no trabalho exigem silêncio e concentração. Observadores e joviais, ágeis e espertos, estão sempre atentos. Seus objetivos estão em primeiro lugar. São líderes e independentes ao mesmo tempo em que são pacientes com as pessoas, são rápidos e espontâneos nas ações.
Comunicativos e ordeiros, amantes e sonhadores, no fundo são pessoas românticas e vaidosas, que passa por esnobes e exibicionistas e que necessitam do convívio social para exercitar suas qualidades de liderança.
LENDAS:
A cada ano, após a colheita, o rei de Ijexá saudava a abundância de alimentos com uma festa, oferecendo a população inhame, milho e coco. O rei comemorava com sua família e seus súditos; só as feiticeiras não eram convidadas. Furiosas com a desconsideração, enviaram para festa um pássaro gigante, que pousou no teto do palácio, encobrindo e impedindo que a cerimônia fosse realizada. O rei mandou chamar os melhores caçadores da cidade. O primeiro tinha vinte flechas. Ele lançou todas elas, mas nenhuma acertou o grande pássaro. Então o rei aborreceu-se, mas mandou-o embora. Um segundo caçador apresentou-se, este com quarenta flechas; o fato se repetiu e o rei mandou prende-lo. Bem próximo dali vivia Odé, um jovem que costumava caçar a noite, antes do sol nascer; ele usava apenas uma flecha vermelha. O rei mandou chamá-lo para dar fim ao pássaro. Sabendo da punição imposta aos outros caçadores, a Iemanjá, mãe de Odé , temendo pela vida do filho, consultou um babalaô e os búzios mostraram que se fosse feita uma oferenda para as feiticeiras, ele teria sucesso. A oferenda consistia em sacrificar uma galinha, e na hora da entrega dizer três vezes: que o peito do pássaro receba esta oferenda! Nesse exato momento, Odé deveria atirar sua única flecha. E assim o fez, acertando o pássaro bem no peito. O rei, agradecido pelo feito, deu ao caçador metade da sua riqueza e a cidade de Keto, “Terra dos panos vermelhos” onde Odé governou até sua morte, tornado-se depois um Orixá.
Otim foi criada pela imaginação de Odé , pois era muito sozinho. Ele imaginou tanto e com tanta vontade uma companheira, que Otim apareceu para ele, sendo o único Orixá que não esteve viva na Terra. A função de Otim é levar água para os Orixás.
Oferenda: mia-miã, farinha de mandioca torrada com a gordura do assado da costela e chuleta, 13 canoas de ovos cozidos, pipocas, por cima uma bandeja com papel, azulão e rosa.
Local de entrega: mato de beira de praia, entrada de matas, aos pés de um coqueiro e dentro da mata.
Domínio: Orixá protetor das crianças, nos traz felicidades, boas novas, notícias, indica caminhos novos, direção a seguir, traz fartura e bem estar, alegrias e felicidades.
Responde com Ogum no mato, por demandas, vitórias, notícias, encontrar algo escondido ou desaparecido.
Responde na praia com Yemanjá , pelas alegrias, bem estar, saúde.
Saudação Okearô, Okebambo, Cor azulão e Rosa,
N° 7,13
Oxóssi é o deus caçador, senhor da floresta e de todos os seres que nela habitam, Orixá da fartura e da riqueza. Actualmente, o culto a Oxóssi está praticamente esquecido em África, mas é bastante difundido no Brasil, em cuba e em outras partes da América onde a cultura iorubá prevaleceu. Isso deve-se ao facto de a cidade de Ketu, da qual era rei, ter sido destruída quase por completo em meados do século XVIII, e os seus habitantes, muitos deles consagrados a Oxóssi, terem sido vendidos como escravos no Brasil e nas Antilhas. Esse facto possibilitou o renascimento de Ketu, não como estado, mas como importante nação religiosa do Candomblé. Oxóssi é o rei de Ketu, segundo dizem, a origem da dinastia. A Oxóssi são conferidos os títulos de Alakétu, Rei, Senhor de Ketu, e Oníìlé, o dono da Terra, pois em África cabia ao caçador descobrir o local ideal para instalar uma aldeia, tornando-se assim o primeiro ocupante do lugar, com autoridade sobre os futuros habitantes.
Na história da humanidade, Oxóssi cumpre um papel civilizador importante, pois na condição de caçador representa as formas mais arcaicas de sobrevivência humana, a própria busca incessante do homem por mecanismos que lhe possibilitem sobressair no espaço da natureza e impor a sua marca no mundo desconhecido. A colecta e a caça são formas primitivas de busca de alimento, são os domínios de Oxóssi, Orixá que representa aquilo que há de mais antigo na existência humana: a luta pela sobrevivência.
Oxóssi é o Orixá da fartura e da alimentação, aquele que aprende a dominar os perigos da mata e vai em busca da caça para alimentar a tribo. Mais do que isso, Oxóssi representa o domínio da cultura (entendendo a flecha como utensílio cultural, visto que adquire significados sociais, mágicos, religiosos) sobre a natureza. Astúcia, inteligência e cautela são os atributos de Oxóssi, pois, como revela a sua história, este caçador possui uma única flecha, por tanto, não pode errar a presa, e jamais erra. Outras histórias relacionadas a Oxóssi apontam-no como irmão de Ogum. Juntos, eles dominaram a floresta e levaram o homem à evolução. Além de irmão, Oxóssi é grande amigo de Ogum – dizem até que seria seu filho, e onde está Ogum deve estar Oxóssi, as suas forças completam-se e, unidos, são ainda mais imbatíveis. Oxóssi mantém uma estreita ligação com Ossain, com quem aprendeu o segredo das folhas e os mistérios da floresta.
A história mostra Oxóssi como filho de Iemanjá, mas a sua verdadeira mãe, segundo o mais antigos, é Apaoká a jaqueira, que vem a ser uma das Iyá-Mi, por isso a intimidade de Oxóssi com essa árvore. A rebeldia de Oxóssi é algo latente na sua história. Foi desobedecendo às interdições que Oxóssi se tornou Orixá.Tal como Xangô, Oxóssi é um Orixá avesso à morte, porque ele é a expressão da vida. A Oxóssi não importa o quanto se viva, desde que se viva intensamente. O frio de Ikú (a morte) não passa perto de Oxóssi, pois ele não acredita na morte.
Características dos filhos de Oxóssi
Os filhos de Oxóssi são pessoas de aparência calma, que podem manter a mesma expressão estando alegres ou aborrecidas, do tipo que não exterioriza as suas emoções, mas não são pessoas insensíveis, só preferem guardar os sentimentos para si. São pessoas que podem parecer arrogantes e prepotentes, e às vezes são. Na realidade, os filhos de Oxóssi são desconfiados, cautelosos, inteligentes e atentos, seleccionam muito bem as amizades, pois possuem grande dificuldade em confiar nas pessoas. Apesar de não confiarem, são pessoas altamente confiáveis, das quais não se teme deslealdade; são incapazes de trair até um inimigo. Magoam-se com pequenas coisas e quando terminam uma amizade é para sempre.São do tipo que ouve conselhos com atenção, respeita a opinião de todos, mas fazem sempre o que querem.
Altos e magros, os filhos de Oxóssi possuem facilidade de movimentos, mesmo entre obstáculos. O seu andar possui leveza e elegância. A sua presença é sempre notada, mesmo que não façam nada para isso acontecer.Os filhos de Oxóssi gostam de solidão, isolam-se, ficam à espreita, observam atentamente tudo que se passa à sua volta. Curiosos, percebem as coisas com rapidez, são introvertidos e discretos, vaidosos, distraídos e prestáveis, comportamento típico de um caçador, provedor do seu povo.
Na história da humanidade, Oxóssi cumpre um papel civilizador importante, pois na condição de caçador representa as formas mais arcaicas de sobrevivência humana, a própria busca incessante do homem por mecanismos que lhe possibilitem sobressair no espaço da natureza e impor a sua marca no mundo desconhecido. A colecta e a caça são formas primitivas de busca de alimento, são os domínios de Oxóssi, Orixá que representa aquilo que há de mais antigo na existência humana: a luta pela sobrevivência.
Oxóssi é o Orixá da fartura e da alimentação, aquele que aprende a dominar os perigos da mata e vai em busca da caça para alimentar a tribo. Mais do que isso, Oxóssi representa o domínio da cultura (entendendo a flecha como utensílio cultural, visto que adquire significados sociais, mágicos, religiosos) sobre a natureza. Astúcia, inteligência e cautela são os atributos de Oxóssi, pois, como revela a sua história, este caçador possui uma única flecha, por tanto, não pode errar a presa, e jamais erra. Outras histórias relacionadas a Oxóssi apontam-no como irmão de Ogum. Juntos, eles dominaram a floresta e levaram o homem à evolução. Além de irmão, Oxóssi é grande amigo de Ogum – dizem até que seria seu filho, e onde está Ogum deve estar Oxóssi, as suas forças completam-se e, unidos, são ainda mais imbatíveis. Oxóssi mantém uma estreita ligação com Ossain, com quem aprendeu o segredo das folhas e os mistérios da floresta.
A história mostra Oxóssi como filho de Iemanjá, mas a sua verdadeira mãe, segundo o mais antigos, é Apaoká a jaqueira, que vem a ser uma das Iyá-Mi, por isso a intimidade de Oxóssi com essa árvore. A rebeldia de Oxóssi é algo latente na sua história. Foi desobedecendo às interdições que Oxóssi se tornou Orixá.Tal como Xangô, Oxóssi é um Orixá avesso à morte, porque ele é a expressão da vida. A Oxóssi não importa o quanto se viva, desde que se viva intensamente. O frio de Ikú (a morte) não passa perto de Oxóssi, pois ele não acredita na morte.
Características dos filhos de Oxóssi
Os filhos de Oxóssi são pessoas de aparência calma, que podem manter a mesma expressão estando alegres ou aborrecidas, do tipo que não exterioriza as suas emoções, mas não são pessoas insensíveis, só preferem guardar os sentimentos para si. São pessoas que podem parecer arrogantes e prepotentes, e às vezes são. Na realidade, os filhos de Oxóssi são desconfiados, cautelosos, inteligentes e atentos, seleccionam muito bem as amizades, pois possuem grande dificuldade em confiar nas pessoas. Apesar de não confiarem, são pessoas altamente confiáveis, das quais não se teme deslealdade; são incapazes de trair até um inimigo. Magoam-se com pequenas coisas e quando terminam uma amizade é para sempre.São do tipo que ouve conselhos com atenção, respeita a opinião de todos, mas fazem sempre o que querem.
Altos e magros, os filhos de Oxóssi possuem facilidade de movimentos, mesmo entre obstáculos. O seu andar possui leveza e elegância. A sua presença é sempre notada, mesmo que não façam nada para isso acontecer.Os filhos de Oxóssi gostam de solidão, isolam-se, ficam à espreita, observam atentamente tudo que se passa à sua volta. Curiosos, percebem as coisas com rapidez, são introvertidos e discretos, vaidosos, distraídos e prestáveis, comportamento típico de um caçador, provedor do seu povo.
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