OYÁ

Iansã ou Oyá
Iansã ou Oyá é o  Orixá dos ventos, raios e tempestades, também guerreira. Ágil e agitada como o próprio vento.
Extrovertida e sensual como poucas. Senhora absoluta dos eguns, além de uma das esposas de Xangô, divide com ele o domínio sobre as tempestades.
Destemida, justiceira e guerreira, não teme a nada.
Arquétipos:
Gosta de objetos de adornos, principalmente as bijuterias e o cobre.
Pessoa extrovertida, franca , amante da natureza, engraçada, revela ambição e temperamento forte. São guerreiras e comunicativas. Maníacos por viagens, honestos com modos seguros, deixando os outros em desvantagem. Em geral, são pessoas alegres, audaciosas, intrigantes, autoritárias, sensuais e volúveis. Quando negativas, tendem a ter depressão, inquietude e ciúmes em excesso e vingativas.
Lendas
Antes de tornar esposa de Xangô, Iansã tinha vivido com Ogum. Encantada com a beleza de Xangô, Iansã decidiu abandonar Ogum e fugir com seu amante. Ogum enfurecido, resolveu enfrentar o seu rival. Mas este último foi a procura de Olodumaré , o deus supremo, para lhe confessar que havia ofendido a Ogum. Olodumaré , interveio junto ao amante traído e recomendou-lhe que perdoasse a ofensa, dizendo você é mais velho que Xangô, devem reservar a sua dignidade junto aos demais Orixás, portanto, não deve se aborrecer nem brigar, deve renunciar a Iansã sem rancores. Mas Ogum não aceitou o pedido de Olodumaré e passou a perseguir os fugitivos, chegando a trocar golpes com Iansã, que foi dividida em nove partes.
Ogum foi caçar na floresta, como fazia todos os dias. De repente, um búfalo veio em sua direção rápido como um relâmpago; notando algo de diferente no animal, Ogum tratou de segui-lo. O búfalo parou em cima de um formigueiro, baixou a cabeça e despiu sua pele, transformando-se numa linda mulher. Era Iansã, coberta por belos panos coloridos e braceletes de cobre. Iansã fez da pele uma trouxa, colocou os chifres dentro e escondeu-a no formigueiro, partindo em direção ao mercado, sem perceber que Ogum tinha visto tudo. Assim que ela se foi, Ogum se apoderou da trouxa, guardando-a em seu celeiro. Depois foi a cidade, e passou a seguir a mulher ate que criou coragem e começou a cortejá-la. Mas como toda mulher bonita, ela recusou a côrte. Quando anoiteceu, ela voltou à floresta e, para sua surpresa, não encontrou a trouxa. Tornou à cidade e encontrou Ogum, que lhe disse estar com ele o que procurava. Em troca de seu segredo, pois ele sabia que ela não era uma mulher e sim animal, Iansã foi obrigada a se casar com ele, apesar disso, conseguiu estabelecer certas regras de conduta, dentre as quais o proíbio de comentar o assunto com qualquer pessoa.
Chegando em casa, Ogum explicou suas outras esposas que Iansã iria morar com ele e que em hipótese alguma deveriam insultá-la. Tudo corria bem; enquanto Ogum saía para trabalhar, Iansã passava o dia procurando sua trouxa. Desse casamento nascera nove filhos, o que despertou ciúmes das outras esposas, que eram estéreis. Uma delas, para vingar-se, conseguiu embriagar Ogum e ele acabou relatando o mistério que envolvia Iansã. Depois que Ogum dormiu as mulheres foram insulta-la, dizendo que ela era um animal e revelando que sua trouxa estava escondida no celeiro. Iansã encontrou então sua pele e seus chifres. Assumiu a forma de búfalo e partiu para cima de todos, poupando apenas seus filhos. Decidiu voltar para a floresta, mas não permitiu que os filhos a acompanhassem, porque era um lugar perigoso. Deixou com eles seus chifres e orientou-os para, em caso de perigo bater as duas pontas; Com esse sinal ela iria socorrê-los imediatamente.

Outra lenda conta que Iansã vivia feliz com ogum, pois os dois tinham muitas coisas em comum, como o gosto pela guerra e o desejo de desbravar novos lugares. Gostavam da companhia um do outro, sentindo-se em harmonia. Com ele, que é conhecedor de todos os caminhos, Iansã aprendeu a andar pela Terra. Gostava muito de vê-lo trabalhar, em seu ofício de ferreiro, tentando aprender como ele confeccionava suas armas e ferramentas. Iansã pedia insistentemente que lhe fizesse uma arma para guerrear. Um dia, ogum a surpreendeu, oferecendo-lhe uma espada curva, que era ideal para seu uso. Isso a agradou muito, tanto que, mais tarde, todo seu exército estava usando esse mesmo tipo de arma. Mas ogum não a levava em suas batalhas, deixando-a sozinha e entediada. Sem falar no tempo que gastava em seus afazeres de ferreiro. Iansã adorava a liberdade, mas, ao mesmo tempo, não dispensava uma boa companhia. Começou a sentir-se rejeitada por ele. Foi nesse momento que Xangô, o grande rei, foi procurar ogum, pois precisava de armas para seu exército. Ele era muito atraente e cuidadoso com sua aparência. Era impossível não notar sua presença. Ogum, aceitando o pedido, começou a produzir armas para Xangô, que tinha muita urgência. Ficaria na aldeia o tempo necessário para o término do serviço. Xangô também notou a presença de Iansã, sentindo uma grande atração por ela. Com seu jeito de ser, aproximou-se dela para trocar conhecimentos a respeito de suas habilidades. Descobriram, nessas conversas, que possuíam muitas afinidades, inclusive que não gostavam de viver isolados, assim como ogum. Iansã estava muito interessada em Xangô e em tudo o que estava aprendendo com ele, mas não queria magoar ogum, a quem respeitava muito. Xangô propôs-lhe uma união eterna, sem monotonia, sem solidão, viajando sempre juntos por toda a Terra. Seria uma união perfeita. Quando ogum terminou seu trabalho, os dois já haviam partido. Ele ficou enfurecido com a traição de ambos, mesmo sabendo que sua companheira não podia ficar cativa para sempre. Partiu atrás deles para vingar sua desonra! Iansã estava vindo ao seu encontro, para explicar-lhe que não poderia mais ficar com ele, pois Xangô a completava, mas que iria respeitá-lo sempre como grande orixá da guerra. Ogum estava tão enfurecido, que não ouviu o que ela dizia, e foi com grande fúria que investiu contra ela, erguendo sua espada. Iansã, em defesa própria, também o atacou. Ela foi golpeada em nove partes do seu corpo, e ogum em sete, formando curas. Esses números ficaram muito ligados a esses orixás, assim como as curas, que foram introduzidas nos rituais africanos

Oferendas: pipocas, maçã, batata doce frita, batata doce assada, batata doce cozida, sua flor é Adália, bandeja enfeitada com papel branco e vermelho.
Local de entrega: cruzeiro, mato, cruzeiro de mato, em baixo de pitangueiras e até o cemitério.
Domínio: responde pelas alianças de qualquer tipo casamento, acordos, contratos, sociedades,dona do této, giro, do movimento, e do sexo.  
Responde no cruzeiro com Bará e Ogum, pelas demandas, aberturas e movimento;                  
No mato com ogum e Xapanã , pelas demandas e descarregos e eguns .                        
No cemitério com Xapanã , pelo carrego, eguns e                        
Na pedreira com Xangô, pelo movimento, negócios, demandas, vitórias.                         
Na Praia com Oxalá, pelas novidades e descobertas.
sua saudação é Epaieo sua cor branco e vermelho seus n° 6,7 e 9



Iansã é um Orixá feminino muito famoso, sendo uma das mais populares figuras entre os mitos do Candomblé no Brasil, em Portugal e em África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Oyá. O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através dos seus afluentes e por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Oya, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar. Este rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Iansã. Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, Iansã está relacionada com o elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasceu da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio da chuva, é a filha do fogo. A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios e das ventanias.
Iansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza a sua raiva e o seu ódio. Dessa forma, passou a ser identificada muito mais com todas as actividades relacionadas ao homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Iansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento. O facto de estar relacionada a funções tipicamente masculinas não afasta Iansã das características próprias de uma mulher sensual, fogosa e ardente; ela é extremamente feminina e o seu número de paixões mostra a forte atracção que sente pelo sexo oposto. Iansã teve muitos homens e verdadeiramente amou todos. Graças aos seus amores, conquistou grandes poderes e tornou-se Orixá. Assim, Iansã tornou-se mulher de quase todos os Orixás. Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, portanto é extremamente fiel e possessiva. Todavia, a fidelidade de Iansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas às suas convicções e aos seus sentimentos.
Características dos filhos de Iansã
Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao quotidiano repetitivo.Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Enfrentam a guerra do dia-a-dia, os filhos de Iansã costumam ser individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas, sendo no entanto pouco sistemáticos.São quase que invariavelmente de Iansã os personagens que transformam a vida num buscar desenfreado tanto de prazer como de riscos.Quando rompem com uma ideologia e abraçam outra, vão mergulhar de cabeça no novo território, repudiando a experiência anterior de forma dramática e exagerada.
O temperamento dos que têm Iansã como Orixá de cabeça costuma ser instável, exagerado e até dramático em questões que, para outras pessoas não mereceriam tanta atenção e, principalmente, tão grande dispêndio de energia.São do tipo Iansã, as pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa.Ao mesmo tempo que têm carácter cheio de variações, de atitudes súbitas e imprevisíveis, costumam fascinar os que os cercam. Os Filhos de Iansã são extrovertidos e chocantemente directos. A longo prazo, um filho de Iansã acaba sempre por mostrar cabalmente quais os seus objectivos e pretensões.São muito ciumentos, possessivos, mostrando-se muitas vezes incapazes de perdoar qualquer traição. Costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos para o seu círculo mais íntimo. Um problema, porém, pode atrapalhar tudo: a inconstância com que vêm a sua vida amorosa.Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com o seu vento forte e arrasador.

4 comentários:

  1. Agradeço a ti mãe ANNE de oxum..pelo..Bom exito que me deste me revelando meu verdaeiro ORIXÁ... Renato de OYÁ

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  2. adorei a lenda de minha mameta muito axe bjsssssssssssssss

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  3. É uma mãe que não lambe os filhos, mas JAMAIS os deixa sem resposta em momento algum.
    A ti devo todas as minhas conquistas!

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  4. Que bom fico feliz em saber que seja como for eu consegui ajudar alguém!
    Grande beijo a vcs!

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