quinta-feira, 3 de abril de 2014

Falando de Religião

 A Religião

A Nação é uma religião Afro-Brasileira que cultua os orixás encontrada principalmente no estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.Nação é fruto de religiões dos povos da Costa da Guiné e da Nigéria com as naçõe, Jêje, Ijexá, Oyó, Cabinda e Nagô. Lembrando sempre que a língua usada é a Yoruba. Cabe enfatizar e esclarecer que, a Nação "não" é um segmento do candomblé baiano, muito ao contrário, tendo liturgia e fundamentos próprios, nada semelhantes ao candomblé.E outro fato muito comum é confundir o Batuque com festa de exu e caboclo. Nação é somente orixá (santo), não tem nada haver com Exú ou caboclo. Na Naçao tudo o que for feito começa pelo Bará e termina no Oxalá. A Nação surgiu como diversas religiões afro-brasileiras praticadas no Brasil, tem as suas raízes na Africa, tendo sido criado e adaptado pelos negros no tempo da escravidão. Um dos principais representantes do Batuque foi o Príncipe Custodio de xapanã. Os Orixás cultuados são os mesmas em quase todos terreiros, os assentamentos tem rituais e rezas muito parecidos, as diferenças entre as nações é basicamente em respeito as tradições próprias de cada raiz ancestral, como no preparo de alimentos e oferendas sagradas. O Ijexá é atualmente a nação predominante, encontra-se associado aos rituais de todas nações. Nação Oyo — Se caracterizava principalmente pela ordem das rezas: primeiro tocava-se para todos os Orixás masculinos, depois para os femininos, e finalizava-se com Oyá, Xangô e Oxalá (Oyá e Xangô no final, representando o Rei e a Rainha de Oyó)e dizem também que ao final da cerimônia, os orixás carregavam a cabeça dos animais a eles sacrificados, já em estado de decomposição, na boca. Nação Cabinda — embora de origem bantu não cultua nkisis (muitos desconhecem esta palavra), mas sim Orixás, os mesmos de Ijexá, com acréscimo de algumas qualidades de Bará (Bará Legba) e Oyá (Oyá Dirã, Oyá Timboá) e o culto aos Eguns é muito forte nesta nação, tendo toda a casa de Cabinda o assentamento de balé (casa dos mortos). Nesta nação os filhos de Oxun, Yemanjá e Oxalá podem entrar e sair dos cemitérios quando bem quiserem, sem que sua obrigação ou feitura seja prejudicada, diferentemente das demais nações, onde os filhos destes orixás só podem entrar em cemitérios quando for algo extremamente importante. Nação Jeje — assim como a Cabinda, adotou o panteão Yoruba dos orixás, que são os mesmos de Ijexá, sendo muito comum as casas de Jeje-Ijexá. Muitos sacerdotes da Nação Jeje do Batuque desconhecem a palavra Vodun, embora se tenha relatos de culto a algumas destas divindades antigamente. Os descendendes de Pai Joãozinho do Bará (Esú By) são os que mantém firme as tradições desta nação, como o uso de agdavís em seus rituais (chamado “Jeje de pauzinhos”), o assentamento de Ogun semelhante ao do Vodun Gun no Daomé, e existência de pessoas iniciadas para Dan e Sogbo. As cerimônias se iniciam com a parte Jeje (com cânticos no dialeto fongbe) e a dança em pares (simbolizando o par da criação Mawu-Lisa) e o toque com as “varinhas” e depois a parte Yorubá com as rezas tradicionais do Batuque. Nação Nagô — é muito parecida com o candomblé tanto nas cerimônias como nas características dos Orixás. Nesta nação usa-se sacrificar os animais deitados e não suspensos como nas demais. Está quase extinta. Entre os Orixás não há hierarquia, um não é mais importante do que o outro, eles simplesmente se completam cada um com determinadas funções dentro do culto. Os principais Orixás cultuados são: Bará, Ogum, Oiá-Iansã, Xangô, Ibeji (que tem seu ritual ligado ao culto de Xangô e Oxum), Odé, Otim, Oba, Ossanha, Xapanã, Oxum, Iemanjá, Oxalá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Escreva um comentario

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.