quarta-feira, 30 de abril de 2014

Osun! Mais uma lenda!!!

Oxun é conhecida por sua delicadeza. Oxum é um nome de um rio em Oxogbô, região da Nigéria, em Ijexá (Africa). Este Orixá é considerado a morada mítica da Orixá (Ori + xá = Cabeça + força). Apesar de ser comum a associação entre rios e Orixás femininos da mitologia africana, Oxum é destacada como a dona da água doce e, por extensão, de todos os rios. Portanto seu elemento é a água em discreto movimento nos rios, a água semiparada das lagoas não pantanosas, pois as predominantemente lodosas são destinadas à Nanã e, principalmente as cachoeiras são de Oxum, onde costumam ser-lhe entregues as comidas rituais votivas e presentes de seus filhos-de-santo. Oxum é uma Deusa (Orixá) cultuado nas religiões do Candomblé e Umbanda.
Oxum domina os rios e as cachoeiras, imagens cristalinas de sua influência: atrás de uma superfície aparentemente calma podem existir fortes correntes e cavernas profundas.
As lendas adornam-na com ricas vestes e objetos de uso pessoal Orixá feminino, onde sua imagem é quase sempre associada a maternidade, sendo comum ser invocada com a expressão "Mamãe Oxum". Gosta de usar colares, jóias, tudo relacionado à vaidade, perfumes, etc.
Filha predileta de Oxalá e Yemanjá. Nos mitos, ela foi casada com Oxossi, a quem engana, com Xangô, com ogum, de quem sofria maus tratos e xangô a salva.
Seduz Obaluaiê, que fica perdidamente apaixonado, obtendo dele, assim, que afaste a peste do reino de Xangô. Mas Oxum é considerada unanimente como uma das esposas de xangô e rival de Iansã e Obá.
Segunda mulher de Xangô, deusa do ouro (na África seu metal era o cobre), riqueza e do amor, foi rainha em Oyó, sendo a sua preferida pela jovialidade e beleza.
À Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem. A maternidade é sua grande força, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar, é à Oxum que se pede ajuda. Oxum é essencialmente o Orixá das mulheres, preside a menstruação, a gravidez e o parto. Desempenha importante função nos ritos de iniciação, que são a gestação e o nascimento. Orixá da maternidade, ama as crianças, protege a vida e tem funções de cura.
O Orixá Oxun mostrou que a menstruação, em vez de constituir motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres, pelo contrário proclama a realidade do poder feminino, a possibilidade de gerar filhos.
Fecundidade e fertilidade são por extensão, abundância e fartura e num sentido mais amplo, a fertilidade irá atuar no campo das idéias, despertando a criatividade do ser humano, que possibilitará o seu desenvolvimento. Oxum é o orixá da riqueza - dona do ouro, fruto das entranhas da terra. É alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente, mulher-menina que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa e compassiva, nunca se enfurecendo. Elegante, cheia de jóias, é a rainha que nada recusa, tudo dá. Tem o título de iyalodê entre os povos iorubá: aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é responsável pela boa ordem na feira.
Oxun tem a ela ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem as mulheres que querem engravidar, sendo sua a responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em gestação até o momento do parto, onde Iemanjá ampara a cabeça da criança e a entrega aos seus Pais e Mães de cabeça. Oxum continua ainda zelando pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar.
É o orixá do amor, Oxum é doçura sedutora. Todos querem obter seus favores, provar do seu mel, seu encanto e para tanto lhe agradam oferecendo perfumes e belos artefatos, tudo para satisfazer sua vaidade. Na mitologia dos orixás ela se apresenta com características específicas, que a tornam bastante popular nos cultos de origem negra e também nas manifestações artísticas sobre essa religiosidade. O orixá da beleza usa toda sua astúcia e charme extraordinário para conquistar os prazeres da vida e realizar proezas diversas. Amante da fortuna, do esplendor e do poder, Oxum não mede esforços para alcançar seus objetivos, ainda que através de atos extremos contra quem está em seu caminho. Ela lança mão de seu dom sedutor para satisfazer a ambição de ser a mais rica e a mais reverenciada. Seu maior desejo, no entanto é ser amada, o que a faz correr grandes riscos, assumindo tarefas difíceis pelo bem da coletividade. Em suas aventuras, este orixá é tanto uma brava guerreira, pronta para qualquer confronto, como a frágil e sensual ninfa amorosa. Determinação, malícia para ludibriar os inimigos, ternura para com seus queridos, Oxum é, sobretudo a deusa do amor.
O Orixá amante ataca as concorrentes, para que não roubem sua cena, pois ela deve ser a única capaz de centralizar as atenções. Na arte da sedução não pode haver ninguém superior a Oxum. No entanto ela se entrega por completo quando perdidamente apaixonada afinal o romantismo é outra marca sua. Da África tribal à sociedade urbana brasileira, a musa que dança nos terreiros de espelho em punho para refletir sua beleza estonteante é tão amada quanto à divina mãe que concede a valiosa fertilidade e se doa por seus filhos. Por todos seus atributos a belíssima Oxum não poderia ser menos admirada e amada, não por acaso a cor dela é o reluzente amarelo ouro, pois como cantou Caetano Veloso, “gente é pra brilhar”, mas Oxum é o próprio brilho em orixá.
A face de Oxum é esperada ansiosamente por sua mãe, que para engravidar leva ebó (oferenda) ao rio. E tal desespero não é o de Iemanjá ao ver sua filhinha sangrar logo após nascer. Para curá-la a mãe mobiliza Ogum, que recorre ao curandeiro Ossãe, afinal a primeira e tão querida filha de Iemanjá não podia morrer. Filha mimada, Oxum é guardada por Orumilá, que a cria.
Nanã é a matriarca velha, ranzinza, avó que já teve o poder sobre a família e o perdeu, sentindo-se relegada a um segundo plano. Iemanjá é a mulher adulta e madura, na sua plenitude. É a mãe das lendas – mas nelas, seus filhos são sempre adultos. Apesar de não ter a idade de Oxalá (sendo a segunda esposa do Orixá da criação, e a primeira é a idosa Nanã), não é jovem. É a que tenta manter o clã unido, a que arbitra desavenças entre personalidades contrastantes, é a que chora, pois os filhos adultos já saem debaixo de sua asa e correm os mundos, afastando-se da unidade familiar básica.
Para Oxum, então, foi reservado o posto da jovem mãe, da mulher que ainda tem algo de adolescente, coquete, maliciosa, ao mesmo tempo em que é cheia de paixão e busca objetivamente o prazer. Sua responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e bebês.Começa antes, até, na própria fecundação, na gênese do novo ser, mas não no seu desenvolvimento como adulto. Oxum também tem como um de seus domínios, a atividade sexual e a sensualidade em si, sendo considerada pelas lendas uma das figuras físicas mais belas do panteão místico Iorubano.
Sua busca de prazer implica sexo e também ausência de conflitos abertos – é dos poucos Orixás Iorubas que absolutamente não gosta da guerra.
Tudo que sai da boca dos filhos da Oxum deve ser levado em conta, pois eles têm o poder da palavra, ensinando feitiços ou revelando presságios.
Desempenha importante papel no jogo de búzios, pois à ela quem formula as perguntas que Exú responde.
No Candomblé, quando Oxum dança traz na mão uma espada e um espelho, revelando-se em sua condição de guerreira da sedução. Ela se banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias e pulseiras, tudo isso num movimento lânguido e provocante

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Ogun

Arquétipos:
Os filhos de ogun possuem temperamento um tanto violento, são impulsivos, briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tampouco da moradia, com raras exceções  são amigos, porém estão sempre envolvidos com demandas, são mestres do atirar verde pra colher maduro, as vezes muitos desconfiados. Despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, mas não tendem a ser fiéis. Possuem uma energia física muito grande, raramente adoecem, seu lema principal é vencer na vida, não importando qual tipo de trabalho ou esforço para conseguir seus ideais. 
 
Lenda:
Após retornar de suas batalhas vitoriosas e depois de numerosos anos ausentes. Ogun decidiu voltar a irê (primeira cidade construída e sob governo de seu filho) quando chegou teve a impressão que ninguém o reconhecia, tentou conversar com seus súditos e foi ignorado. Ogun cuja paciência é pequena, enfureceu-se com o silêncio geral, por ele considerado ofensivo. Começou a quebrar com golpes de sabre os potes e, logo depois, sem poder se conter, passou a cortar as cabeças das pessoas mais próximas, até que seu filho apareceu, oferecendo-lhe as suas comidas prediletas. Quando seu filho lembrou-o que este dia era sagrado e as pessoas não podiam falar por ordem do próprio Ogun.
Ogun então lamentou seus atos de violência e declarou que já vivera bastante. Baixou a ponta de seu sabre em direção ao chão e desapareceu pela terra adentro com uma barulheira assustadora. Porém antes de desaparecer pronunciou algumas palavras. Palavras ditas por nós, filhos de ogun para aclamarmos sua defesa. Caso estejamos em perigo.
Outra lenda nos fala sobre de um dos combates contra sua ex-esposa oyá no qual entre dois golpes deferidos por ambos ao mesmo tempo , ogun se transformou em sete (mejê) e oyá em nove (mesan). 

Oxum!

Dona das águas. Na áfrica, mora no rio oxum. Senhora da fertilidade, da gestação e do parto, cuida dos recém-nascidos, lavando-os com suas águas e folhas refrescantes. Jovem e bela mãe, mantém suas características de adolescente.
Cheia de paixão, busca ardorosamente o prazer. Coquete e vaidosa, é a mais bela das divindades e a própria malícia da mulher-menina. É sensual e exibicionista, consciente de sua rara beleza, e se utiliza desses atributos com jeito e carinho para seduzir as pessoas e conseguir seus objetivos.
Quando Orunmilá estava criando o mundo, escolheu Osun para ser a protetora das crianças. Ela deveria zelar pelos pequeninos desde o momento da concepção, ainda no ventre materno, ate que pudessem usar o raciocínio e se expressar em algum idioma. Por isso, oxum é considerada o orisa da fertilidade e da maternidade.
Por sua beleza, Osun também é tida como a deusa da vaidade, sendo vista como uma orixá jovem e bonita, mirando-se em seus espelhos e abanando-se com seu leque (abebê ).

Arquétipos: São pessoas graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. São o símbolo do charme e da beleza. Voluptuosos e sensuais. Sob a aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social.

No tempo da criação, quando Osun estava vindo das profundezas do orun, Olodumare confiou-lhe o poder de zelar por cada uma das crianças criadas por Orisa, que nasceriam na terra. Osun seria a provedora de crianças. Ela deveria fazer com que as crianças permanecessem no ventre de suas mães, assegurando-lhes medicamentos e tratamentos apropriados para evitar abortos e contratempos antes do nascimento ... Não deveria encolerizar-se com ninguém a fim de não recusar crianças a inimigos e conceder gravidez a amigos. Foi a primeira Iyami encarregada de ser Olutoju awo omo - aquela que vela por todas as crianças e Alawoye omo - a que cura crianças.
Em seus oriki assim é evocada
Osun, graciosa mãe, plena de sabedoria!
Que enfeita seus filhos com bronze
Que fica muito tempo no fundo das águas gerando riquezas
Que se recolhe ao rio para cuidar das crianças
Que cava e cava a areia e nela enterra dinheiro
Mulher poderosa que não pode ser atacada
Mulheres louvam a fertilidade trazida por Osun, repetindo: Yeye o, yeye o, yeye o. Oh, graciosa mãe, oh, graciosa mãe, oh, graciosa mãe! Alguns mitos referem-se a ela como Osun Osogbo - Osun da cidade de Osogbo, outros enfatizam sua proximidade com Logunede, ora apresentado como filho, ora como mensageiro, havendo entre ambos tão estreita relação que chegam a ser considerados complementares. Outros mitos, ainda, a apresentam como esposa de Ifá. E aqueles que a apresentam como esposa de Sangô narram que ao tomar conhecimento da morte do marido, ficou desesperada, transformou-se num rio.
Bastante cultuada em Osogbo, é considerada também, a divindade protetora de Abeokuta. Seus devotos freqüentemente dedicam-lhe um córrego ou rio, chamando-o de odo Osun - rio de Osun, ao lado do qual colocam o santuário. Chamada mãe das crianças, a ela pertence a fertilidade de homens e mulheres. Todo ano, por ocasião do festival realizado em sua homenagem, mulheres estéreis tomam água de seu santuário esperando retornar no ano seguinte com os filhos por ela concedidos, para agradecerem a graça alcançada. Não apenas a fertilidade pertence a Osun. A prosperidade também. Além disso, confere a seus devotos a desejada proteção contra acontecimentos adversos. Assim sendo, é invocada nas mais distintas circunstâncias, pois não há o que não possa fazer para ajudar seus devotos.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Xango

Nem seria preciso falar do poder de Xangô (Sòngó), porque o poder é a sua síntese. Xangô nasce do poder morre em nome do poder. Rei absoluto, forte, imbatível. O prazer de Xangô é o poder. Xangô manda nos poderosos, manda em seu reino e nos reinos vizinhos. Xangô é rei entre todos os reis. Não existe uma hierarquia entre os orixás, nenhum possui mais axé que o outro, apenas Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o orixá mais velho, goza de certa primazia. Contudo, se preciso fosse escolher um orixá todo-poderoso, quem, senão Xangô para assumir esse papel?
Xangô gosta dos desafios, que não raras vezes aparecem nas saudações que lhe fazem seus devotos na África. Porém o desafio é feito sempre para ratificar o poder de Xangô.
A maneira como todos devem se referir a Xangô já expressa o seu poder. Procure imaginar um elefante, mas um Elefante-de-olhos-tão-grandes-quanto-potes-de-boca-larga: esse é Xangô e, se o corpo do animal segue a proporção dos olhos, Xangô realmente é o Elefante-que-manda-na-savana, imponente, poderoso.
Percebe-se que a imagem de poder está sempre associada a Xangô. O poder real, por exemplo, lhe é devido por ter se tornado o quarto alafim de Òyó, que era considerada a capital política dos iorubas, a cidade mais importante da Nigéria. Xangô destronou o próprio meio-irmão Dadá-Ajaká com um golpe militar. A personalidade paciente e tolerante do irmão irritavam Xangô e, certamente, o povo de Òyó, que o apoiou para que ele se tornasse o seu grande rei, até hoje lembrado.
O trono de Òyó já pertencia a Xangô por direito, pois seu pai, Oranian, foi fundador da cidade e de sua dinastia. Ele só fez apressar a sua ascensão. Xangô é o rei que não aceita contestação, todos sabem de seus méritos e reconhecem que seu poder, antes de ser conquistado pela opressão, pela força, é merecido. Xangô foi o grande alafim de Òyo porque soube inspirar credibilidade aos seus súbditos, tomou as decisões mais acertadas e sábias e, sobretudo, demonstrou a sua capacidade para o comando, persuadindo a todos não só por seu poder repressivo como por seu senso de justiça muito apurado.
Não erram, como se viu, os que dizem que Xangô exerce o poder de uma forma ditatorial, que faz uso da força e da repressão para manter a autoridade. Sabe-se, no entanto, que nenhuma ditadura ou regime despótico mantém-se por muito tempo se não houver respaldo popular. Em outros termos, o déspota reflecte a imagem de seu povo, e este ama o seu senhor, seja porque nos momentos de tensão responde com eficiência, seja por assumir a postura de um pai. No caso de Xangô, sua rectidão e honestidade superam o seu carácter arbitrário; suas medidas, embora impostas, são sempre justas e por isso ele é, acima de tudo, um rei amado, pois é repressor por seu estilo, não por maldade.
Fato é que não se pode falar de Xangô sem falar de poder. Ele expressa autoridade dos grandes governantes, mas também detém o poder mágico, já que domina o mais perigoso de todos os elementos da natureza: o fogo. O poder mágico de Xangô reside no raio, no fogo que corta o céu, que destrói na Terra, mas que transforma, que protege, que ilumina o caminho. O fogo é a grande arma de Xangô, com a qual castiga aqueles que não honram seu nome. Por meio do raio ele atinge a casa do próprio malfeitor.
Xangô é bastante cultuado na região de Tapá ou Nupê, que, segundo algumas versões históricas, seria terra de origem de sua família materna.
Tudo que se relaciona com Xangô lembra realeza, as suas vestes, a sua riqueza, a sua forma de gerir o poder. A cor vermelha, por exemplo, sempre esteve ligada à nobreza, só os grandes reis pisavam sobre o tapete vermelho, e Xangô pisa sobre o fogo, o vermelho original, o seu tapete.
Xangô sempre foi um homem bonito extremamente vaidoso, por isso conquistou todas a mulheres que quis, e, afinal, o que seria um ‘olhar de fogo’senão um olhar de desejo ardente? Quem resiste ao olhar de “flirt” de Xangô?
Xangô era um amante irresistível e por isso foi disputado por três mulheres. Iansã foi sua primeira esposa e a única que o acompanhou em sua saída estratégica da vida. È com ela que divide o domínio sobre o fogo.
Oxum foi à segunda esposa de Xangô e a mais amada. Apenas por Oxum, Xangô perdeu a cabeça, só por ela chorou.
A terceira esposa de Xangô foi Oba, que amou e não foi amada. Oba abdicou de sua vida para viver por Xangô, foi capaz de mutilar o seu corpo por amor o seu rei.
Xangô decide sobre a vida de todos, mas sobre a sua vida (e sua morte) só ele tem o direito de decidir. Ele é mais poderoso que a morte, razão pela qual passou a ser o seu anti-símbolo.
Características dos filhos de Xangô
É muito fácil reconhecer um filho de Xangô apenas por sua estrutura física, pois seu corpo é quase sempre muito forte, com uma quantidade razoável de gordura, apontando a sua tendência à obesidade; mas a sua boa constituição óssea suporta o seu físico avantajado. Há também os magros e muito elegantes.
Com forte dose de energia e auto-estima, os filhos de Xangô têm consciência de que são importantes e respeitáveis, portanto quando emitem sua opinião é para encerrar definitivamente o assunto. Sua postura é sempre nobre, com a dignidade de um rei. Sempre andam acompanhados de grandes comitivas; embora nunca estejam sós, a solidão é um de seus estigmas.
Conscientemente são incapazes de ser injustos com alguém, mas um certo egoísmo faz parte de seu arquétipo. São extremamente austeros (para não dizer sovinas), portanto não é por acaso que Xangô dança alujá com a mão fechada. Gostam do poder e do saber, que são os grandes objectos de sua vaidade.
São amantes vigorosos, em seu lado negativo, pobre das mulheres cujos maridos são de Xangô. Um filho de Xangô está sempre cercado por amigos, auxiliares, no caso de governantes, empresários, mas a tendência é que aqueles que decidem ao seu lado sejam sempre homens.
Os filhos de Xangô são obstinados, agem com estratégia e conseguem o que querem. Tudo que fazem marca de alguma forma sua presença; fazem questão de viver ao lado de muita gente e têm pavor de ser esquecido, pois, sempre presentes na memória de todos, sabem que continuarão vivos após a sua ‘retirada estratégica’.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Falando de Religião

 A Religião

A Nação é uma religião Afro-Brasileira que cultua os orixás encontrada principalmente no estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.Nação é fruto de religiões dos povos da Costa da Guiné e da Nigéria com as naçõe, Jêje, Ijexá, Oyó, Cabinda e Nagô. Lembrando sempre que a língua usada é a Yoruba. Cabe enfatizar e esclarecer que, a Nação "não" é um segmento do candomblé baiano, muito ao contrário, tendo liturgia e fundamentos próprios, nada semelhantes ao candomblé.E outro fato muito comum é confundir o Batuque com festa de exu e caboclo. Nação é somente orixá (santo), não tem nada haver com Exú ou caboclo. Na Naçao tudo o que for feito começa pelo Bará e termina no Oxalá. A Nação surgiu como diversas religiões afro-brasileiras praticadas no Brasil, tem as suas raízes na Africa, tendo sido criado e adaptado pelos negros no tempo da escravidão. Um dos principais representantes do Batuque foi o Príncipe Custodio de xapanã. Os Orixás cultuados são os mesmas em quase todos terreiros, os assentamentos tem rituais e rezas muito parecidos, as diferenças entre as nações é basicamente em respeito as tradições próprias de cada raiz ancestral, como no preparo de alimentos e oferendas sagradas. O Ijexá é atualmente a nação predominante, encontra-se associado aos rituais de todas nações. Nação Oyo — Se caracterizava principalmente pela ordem das rezas: primeiro tocava-se para todos os Orixás masculinos, depois para os femininos, e finalizava-se com Oyá, Xangô e Oxalá (Oyá e Xangô no final, representando o Rei e a Rainha de Oyó)e dizem também que ao final da cerimônia, os orixás carregavam a cabeça dos animais a eles sacrificados, já em estado de decomposição, na boca. Nação Cabinda — embora de origem bantu não cultua nkisis (muitos desconhecem esta palavra), mas sim Orixás, os mesmos de Ijexá, com acréscimo de algumas qualidades de Bará (Bará Legba) e Oyá (Oyá Dirã, Oyá Timboá) e o culto aos Eguns é muito forte nesta nação, tendo toda a casa de Cabinda o assentamento de balé (casa dos mortos). Nesta nação os filhos de Oxun, Yemanjá e Oxalá podem entrar e sair dos cemitérios quando bem quiserem, sem que sua obrigação ou feitura seja prejudicada, diferentemente das demais nações, onde os filhos destes orixás só podem entrar em cemitérios quando for algo extremamente importante. Nação Jeje — assim como a Cabinda, adotou o panteão Yoruba dos orixás, que são os mesmos de Ijexá, sendo muito comum as casas de Jeje-Ijexá. Muitos sacerdotes da Nação Jeje do Batuque desconhecem a palavra Vodun, embora se tenha relatos de culto a algumas destas divindades antigamente. Os descendendes de Pai Joãozinho do Bará (Esú By) são os que mantém firme as tradições desta nação, como o uso de agdavís em seus rituais (chamado “Jeje de pauzinhos”), o assentamento de Ogun semelhante ao do Vodun Gun no Daomé, e existência de pessoas iniciadas para Dan e Sogbo. As cerimônias se iniciam com a parte Jeje (com cânticos no dialeto fongbe) e a dança em pares (simbolizando o par da criação Mawu-Lisa) e o toque com as “varinhas” e depois a parte Yorubá com as rezas tradicionais do Batuque. Nação Nagô — é muito parecida com o candomblé tanto nas cerimônias como nas características dos Orixás. Nesta nação usa-se sacrificar os animais deitados e não suspensos como nas demais. Está quase extinta. Entre os Orixás não há hierarquia, um não é mais importante do que o outro, eles simplesmente se completam cada um com determinadas funções dentro do culto. Os principais Orixás cultuados são: Bará, Ogum, Oiá-Iansã, Xangô, Ibeji (que tem seu ritual ligado ao culto de Xangô e Oxum), Odé, Otim, Oba, Ossanha, Xapanã, Oxum, Iemanjá, Oxalá.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Reza dos Barás

T - Légba Kayo Kayo
(Legba recolhe a alegria)
R - Légba Kayo Kayo
(Legba recolhe a alegria)
T - Légba siré siré
(Legba venha divertir-se conosco no xiré)
R - Légba siré siré
(Legba venha divertir-se conosco no xiré)
T - Légba siré Ògúm
(Legba venha divertir-se com Ogum)
R - Légba siré Ògúm
(Legba venha divertir-se com Ogum)
T - èxù Lanà di burúkú àbàdò òbe nfara
(Exú, fecha o caminho para o mal, com sua faca sela o nosso corpo)
R - èxù Lanà di burúkú àbàdò òbe nfara
(Exú, fecha o caminho para o mal, com sua faca sela o nosso corpo)
T - Àbàdò di burúkú
(Eterno bloqueador do mal)
R - Àbàdò òbe nfara
(Eterna faca que protege o nosso corpo)
T - Mojúbà èsù!
(Reverencio à Exú)
R - Bàrà!
T - Lóde - Èsù
(Exú de rua)
R - Bàrà!
T - Lanà èsù
(Exú dos caminhos)
R - Bàrà!
T - èsù Olóde!
(Exú, dono da rua)
R - Èsú, Èsú obara Lanà
(Dono dos caminhos, Rei do corpo,Exú)
T - Èsú a bánà bánà Ésú abánàyé
(Exú, mostra-nos o caminho, proteja-nos o caminho, Exú mostra-nos os caminhos do mundo)
R - Èsú a bánà bánà Ésú abánàyé
(Exú, mostra-nos o caminho, proteja-nos o caminho, Exú mostra-nos os caminhos do mundo)
T - A máa s'ère ou níba Èsù abána dêem, a máa d'ère ou níba Èsù abánà dêem
(Nós sempre lhe fazemos oferendas, nós sempre lhe reverenciamos, mostre-nos os caminhos que o senhor criou)
R - A máa s'ère ou níba Èsù abána dêem, a máa d'ère ou níba Èsù abánà dêem
(Nós sempre lhe fazemos oferendas, nós sempre lhe reverenciamos, mostre-nos os caminhos que o senhor criou)
T - Ésù adé minha se se minha ré
(Exu é a minha coroa, ele me faz o bem)
R -Bàrá adé minha se se minha ré
(Bará é a minha coroa, ele me faz o bem)
T - Èsù adé meu se se meu Bará
(Exu é a minha coroa, faz-me o bem Bará)
R - Ésù adé minha se se minha ré
(Exu é a minha coroa, ele me faz o bem)
T - Èsù jálànà fun wa
(Exu abre o caminho para nós)
R - Èsù jálànà fun Malè
(Exu abre o caminho para os Orixás)
T - Lànà èsù mérin
(Exu, abre o caminho em quatro partes)
R - Èsù b'erin, Èsù mérin lànà
(Exú com o seu porrete, abre o caminho em quatro direções)

Rezas para Orixá Bará

Amachere onibá Exu abanada amachere onibá Exu abanada.

Responder: Amachere onibá Exu abanada amachere anibá Exu abanda.

Exu ademi chechemirê

Responder: Exu ademi chechemirê

Exu ademi chechemibará

Responder: Exu ademi chechemirê

Exu jalana fuá

Responder: Exu jalana fumalé

Exu jalana didê

Responder: Exu jalana fumalé

Exu o Lodê

Responder: Exu ecuo bará Ianã

Bará Exu

Responder: Bará

Lanã Exu

Responder: Bará

Lodê Exu

Responder: Bará

Alupagema

Responder: Alupagema

Alupao

Responder: Alupagema

Ai o que bará

Responder: Alupagema

Ai bará bará

Responder: Alupagema

Choni choni choni padô

Responder: Gam, gam, gam, gam, choni padô

Bará no ecó choni padô

Responder: Gam, gam, gam, gam, choni padô

Olebarábô alaroiê aexulanã olebarábô alaroiê aexulanã iamadecó eco de bará ogum talabô bará oeléfa exulanã

Responder: Olebarábô alaroiê aexulanã olebarábô alaroiê aexulanã iamadecó eco de bará ogum talabô bará oeléfa exulanã

Olebará aléo modibará oelefa epô

Responder: Olebará aléo modibará oelefa epô

Olebará o eléo

Responder: Ae ae olebará

Bará Exu berim

Responder: Exu berim Exu berim ianã

Lanã Exu berim

Responder: Exu berim Exu berim ianã

Ae ae olebaráo ae ae olebará amacelo ogum o amacelo ogum já ae ae olebarao

Responder: Ae ae olebaráo ae ae olebará amacelo ogum o amacelo ogum já ae ae olebarao

Oiá oiá

Responder: oiá eléfa

Exu Demi modibará com seu ajo modipaim

Responder: Exu Demi modibará com seu ajo modipaim

Baráramo Jecum Ioda baráramo jecum lodá eco barárundeo barárundeo baráramo jecum reum

Responder: Chegou Ioda

Barámo reum

Responder: Chegou Ioda

Papainhale

Responder: Papainhale

Exulana fomiô barálana fumaléo

Responder: Exulana fomiô exulana fumaléo

JEJE

Olebará iaboduma sanabore oeléba

Responder: Olebará iaboduma sanabore oeléba

Olebará iaboduma oaçaquere equeoue

Responder: Olebará iaboduma oaçaquere equeoue

Ocoro ocoro ocoro quere quere o eléfa iaboduma

Responder: Ocoro ocoro ocoro quere quere ocoro ocoro ocoro e eléfa iaboduma

Ogum léba Ogum farerê

Responder: Ogum

Ogum dae ae ae

Responder: Ogum dae anaisô

Ogum anira alasebó

Responder: Ogum anira alasebó

Ogum abéo Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum

Responder: Ogum abéo Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum

T - Légba Kayo Kayo
(Legba recolhe a alegria)
R - Légba Kayo Kayo
(Legba recolhe a alegria)
T - Légba siré siré
(Legba venha divertir-se conosco no xiré)
R - Légba siré siré
(Legba venha divertir-se conosco no xiré)
T - Légba siré Ògúm
(Legba venha divertir-se com Ogum)
R - Légba siré Ògúm
(Legba venha divertir-se com Ogum)
T - èxù Lanà di burúkú àbàdò òbe nfara
(Exú, fecha o caminho para o mal, com sua faca sela o nosso corpo)
R - èxù Lanà di burúkú àbàdò òbe nfara
(Exú, fecha o caminho para o mal, com sua faca sela o nosso corpo)
T - Àbàdò di burúkú
(Eterno bloqueador do mal)
R - Àbàdò òbe nfara
(Eterna faca que protege o nosso corpo)
T - Mojúbà èsù!
(Reverencio à Exú)
R - Bàrà!
T - Lóde - Èsù
(Exú de rua)
R - Bàrà!
T - Lanà èsù
(Exú dos caminhos)
R - Bàrà!
T - èsù Olóde!
(Exú, dono da rua)
R - Èsú, Èsú obara Lanà
(Dono dos caminhos, Rei do corpo,Exú)
T - Èsú a bánà bánà Ésú abánàyé
(Exú, mostra-nos o caminho, proteja-nos o caminho, Exú mostra-nos os caminhos do mundo)
R - Èsú a bánà bánà Ésú abánàyé
(Exú, mostra-nos o caminho, proteja-nos o caminho, Exú mostra-nos os caminhos do mundo)
T - A máa s'ère ou níba Èsù abána dêem, a máa d'ère ou níba Èsù abánà dêem
(Nós sempre lhe fazemos oferendas, nós sempre lhe reverenciamos, mostre-nos os caminhos que o senhor criou)
R - A máa s'ère ou níba Èsù abána dêem, a máa d'ère ou níba Èsù abánà dêem
(Nós sempre lhe fazemos oferendas, nós sempre lhe reverenciamos, mostre-nos os caminhos que o senhor criou)
T - Ésù adé minha se se minha ré
(Exu é a minha coroa, ele me faz o bem)
R -Bàrá adé minha se se minha ré
(Bará é a minha coroa, ele me faz o bem)
T - Èsù adé meu se se meu Bará
(Exu é a minha coroa, faz-me o bem Bará)
R - Ésù adé minha se se minha ré
(Exu é a minha coroa, ele me faz o bem)
T - Èsù jálànà fun wa
(Exu abre o caminho para nós)
R - Èsù jálànà fun Malè
(Exu abre o caminho para os Orixás)
T - Lànà èsù mérin
(Exu, abre o caminho em quatro partes)
R - Èsù b'erin, Èsù mérin lànà
(Exú com o seu porrete, abre o caminho em quatro direções)

Esta reza que sempre faço:

Reza de Exú



Rezas para Orixá Bará


Amachere onibá Exu abanada amachere onibá Exu abanada.

Responder: Amachere onibá Exu abanada amachere anibá Exu abanda.

Exu ademi chechemirê

Responder: Exu ademi chechemirê

Exu ademi chechemibará

Responder: Exu ademi chechemirê

Exu jalana fuá

Responder: Exu jalana fumalé

Exu jalana didê

Responder: Exu jalana fumalé

Exu o Lodê

Responder: Exu ecuo bará Ianã

Bará Exu

Responder: Bará

Lanã Exu

Responder: Bará

Lodê Exu

Responder: Bará

Alupagema

Responder: Alupagema

Alupao

Responder: Alupagema

Ai o que bará

Responder: Alupagema

Ai bará bará

Responder: Alupagema

Choni choni choni padô

Responder: Gam, gam, gam, gam, choni padô

Bará no ecó choni padô

Responder: Gam, gam, gam, gam, choni padô

Olebarábô alaroiê aexulanã olebarábô alaroiê aexulanã iamadecó eco de bará ogum talabô bará oeléfa exulanã

Responder: Olebarábô alaroiê aexulanã olebarábô alaroiê aexulanã iamadecó eco de bará ogum talabô bará oeléfa exulanã

Olebará aléo modibará oelefa epô

Responder: Olebará aléo modibará oelefa epô

Olebará o eléo

Responder: Ae ae olebará

Bará Exu berim

Responder: Exu berim Exu berim ianã

Lanã Exu berim

Responder: Exu berim Exu berim ianã

Ae ae olebaráo ae ae olebará amacelo ogum o amacelo ogum já ae ae olebarao

Responder: Ae ae olebaráo ae ae olebará amacelo ogum o amacelo ogum já ae ae olebarao

Oiá oiá

Responder: oiá eléfa

Exu Demi modibará com seu ajo modipaim

Responder: Exu Demi modibará com seu ajo modipaim

Baráramo Jecum Ioda baráramo jecum lodá eco barárundeo barárundeo baráramo jecum reum

Responder: Chegou Ioda

Barámo reum

Responder: Chegou Ioda

Papainhale

Responder: Papainhale

Exulana fomiô barálana fumaléo

Responder: Exulana fomiô exulana fumaléo

JEJE

Olebará iaboduma sanabore oeléba

Responder: Olebará iaboduma sanabore oeléba

Olebará iaboduma oaçaquere equeoue

Responder: Olebará iaboduma oaçaquere equeoue

Ocoro ocoro ocoro quere quere o eléfa iaboduma

Responder: Ocoro ocoro ocoro quere quere ocoro ocoro ocoro e eléfa iaboduma

Ogum léba Ogum farerê

Responder: Ogum

Ogum dae ae ae

Responder: Ogum dae anaisô

Ogum anira alasebó

Responder: Ogum anira alasebó

Ogum abéo Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum

Responder: Ogum abéo Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum
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Algumas pessoas que trouxeram e fazem a nossa história!

Um pouco da nossa história! Cabinda,
A nação Cabinda, originária de Angola, adotou o panteão dos Orixás Iorubas, embora estas divindades Bantus teriam como nome correto Inkince.
Os Inkinces são para os Bantus o mesmo que os Orixás para os Yorubás, e o mesmo que Vodum para os Jêjes. Não se trata da mesma divindade, cada Inkince, Orixá ou Vodum possui identidade própria e culturas totalmente distintas. A linguagem ritual originou-se predominantemente das línguas Kimbundo e Kikongo; são línguas muito parecidas e ainda utilizadas atualmente. O Kimbundo é o segundo idioma nacional em Angola. O Kikongo, provém do Congo, sendo também falado em Angola.
Aqui no Rio Grande do Sul a raiz forte da Cabinda foi o Sr. Valdemar Antonio dos Santos, filho do Orixá Xangô Kamucá Baruálofina; sua primeira filha de santo foi a Sra. Madalena de Oxum.
Outros que se iniciaram pelas mãos de Valdemar de Xangô, e com sua morte passaram para as mãos de Mãe Madalena de Oxum foram: Pai Tati de Bará, Mãe Palmira de Oxum, Ramão de Ogum, Pai Mario de Ogum e Pai Nascimento de Sapatá. Depois foram surgindo outros ícones da nação Cabinda, onde podemos citar Pai Romário de Oxalá, filho de santo de Mãe Madalena de Oxum; Mãe Olê de Xangô, mulher de Pai Tati de Bará; Pai Henrique de Oxum, enteado e filho de santo de Mãe Palmira de Oxum; Pai Adão de Bará, foi filho de santo de Pai Romário; Pai Cleon de Oxalá; Antonio Carlos de Xangô, alabê, teve sua iniciação pelas mãos de Pai Tati de Bará, Mãe Marlene de Oxum, filha de santo de Pai Romário; Hélio de Xangô, iniciado por Pai Adão de Bará; Pai Gabriel de Oxum, que foi um grande Babalorixá da Nação Cabinda, filho de santo de Romário de Oxalá; Enio de Oxum, também da casa de Pai Romário; Luiz vó da Oxum Docô, iniciado por Romário de Oxalá; Ydy de Oxum, iniciado por Henrique de Oxum, entre muitos outros que conservam, ainda, os fundamentos desta Nação tão importante nos rituais Africanos do Sul.
O Orixá Xangô é considerado Rei desta nação, e é o dono dos Eguns, juntamente com Oyá e Xapanã; E o culto aos Eguns é tão forte que na maioria dos Iles desta nação, se encontra o assentamento de Balé (culto aos Eguns); Os filhos de Oxum, Yemanja e Oxalá, podem entrar e sair de cemitérios quando necessário for, sem nenhum prejuízo a sua feitura, já nas outras nações estes só entram no cemitério em extrema necessidade; Se estiver acontecendo uma festa num Ile de Cabinda, e se o Orixá Xangô, tendo recebido oferendas de quatro pés, e vier a falecer algum membro da casa ou da família religiosa, não ficará a obrigação prejudicada, conforme acontece nos outros terreiros, nos quais teriam que interromper toda a obrigação.
Os orixás cultuados na Nação Cabinda são os mesmos de qualquer outra nação, só acrescentando Bará elegba, oyá dirã e oyá timboáe xango kamuká Na maioria das vezes as oferendas também são iguais com pouca diferença como por exemplo a obrigação do peixe que na Cabinda oferecem Pintado a determinados Orixás e em outras o peixe Jundiá.